Quem sou eu

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Alice Ferruccio, D.Sc. Coordenadora do Grupo de Novos Negócios http://www.gn2.ufrj.br/ Doutora em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ Psicóloga - Gestão Empresarial Profa. Adjunto do Departamento de Engenharia Industrial da POLI/ UFRJ Profa. dos cursos de Pós-Graduação lato sensu da COPPE e COPPEAD e Profa. Convidada do Instituto Militar de Engenharia - IME e da Escola Superior de Guerra - ESG Tels: 2562-8256

Jornal Futura 30/06/2011 Como se Planejar para a Aposentadoria?

Jornal Futura 30/06/2011 Como se Planejar para a Aposentadoria?
http://www.youtube.com/watch?v=yN2ohL7CFc0

Conexão Futura - http://www.youtube.com/watch?v=SblApsNOFns&NR=1

Conexão Futura - http://www.youtube.com/watch?v=SblApsNOFns&NR=1
Conexão Futura 28/07/2010 Partes 1 e 2 _ Mercado de Trabalho e Oportunidades

Entrevista TV _UFRJ em Belém do Pará

Entrevista TV _UFRJ em Belém do Pará
Profa. Alice Ferruccio

Feiras de estágio: tem sempre uma perto de você

http://oglobo.globo.com/blogs/penomercado/posts/2009/08/24/feiras-de-estagio-tem-sempre-uma-perto-de-voce-216540.asp

Feiras de estágio: tem sempre uma perto de você

O que a UFRJ, Uerj, PUC-Rio e Unigranrio têm em comum? Uma feira de estágio. E das boas! Segundo a diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio (ABRH-RJ), Alice Ferruccio, a realização desses eventos nas universidades é uma tendência que, pouco a pouco, consolida-se como uma estratégia das empresas para conseguir bons profissionais.

- Para o jovem, a feira de estágios é uma vantagem porque coloca várias empresas em um só ambiente. Também é bom para as organizações porque o evento atrai candidatos interessados, que saíram de suas casas para estar ali - esclarece a diretora.

Na última edição da Mostra PUC, por exemplo, mais de 100 mil pessoas circularam pelo campus durante os quatro dias de evento e dezenas de empresas ofereceram oportunidades de estágio e trainee. Mas, com tantas companhias reunidas num mesmo lugar, Alice alerta que é preciso tomar cuidado para não fazer inscrição em qualquer empresa que aparecer pela frente. O segredo, diz ela, é tentar uma vaga no lugar onde realmente se deseja trabalhar. Caso contrário, você pode desperdiçar suas energias com um processo do qual não quer participar. A dica é fixar uma meta, no caso um grupo de organizações onde você quer ser estagiário ou trainee, e concentrar todos os esforços para ser aprovado.

- Se o candidato tiver um bom currículo, está numa boa universidade e fala pela menos duas línguas fluentemente, a empresa acha legal e contrata. O estudante tem que escolher uma empresa que combine com o seu perfil. Se o estagiário tem um espírito arrojado, por que vai trabalhar numa empresa conservadora? - questiona Alice. - Não é só a empresa que escolhe o candidato. O candidato também escolhe onde quer trabalhar. Se não, vira dor e sofrimento.

terça-feira, 20 de março de 2007

Gestão com as pessoas

Quando as habilidades técnicas não bastam: as competências humanas na formação do profissional
Por Alice Ferruccio e Hugo Túlio Rodrigues


O objetivo deste texto é incentivar uma reflexão sobre a formação necessária para o profissional do futuro. Como os nossos jovens precisam estar formados para viver este século XXI com responsabilidade, competências e segurança? Quais os desafios que já estão enfrentando? Que Brasil é este em transformação? Já estamos preparando o profissional do futuro ou ainda estamos formando jovens com cabeças do século passado? Qual é o perfil que o mercado deseja?
O perfil do profissional do futuro é bastante interessante: multidisciplinar, empreendedor, sensível, tecnológico e capaz de realizar tarefas de crescente complexidade. Este profissional tem que agregar diferentes competências, em especial, um conjunto de habilidades humanas, técnicas e de visão sistêmica que ele irá utilizar ao longo de toda a sua carreira.
Na Era da Informação, este novo profissional do século XXI tem que ter a habilidade de saber lidar com o conhecimento e com a miríade de informações que são passadas diariamente. Precisa saber viver em rede, na vida pessoal e profissional. Não poderá ser analfabeto digital, pois precisará tirar proveito da tecnologia para utilizá-la como fonte de diversidade de informação. Deverá ser capaz de selecionar, acessar informações simultâneas, separar o “joio do trigo” e adequá-las ao seu próprio uso para gerar o conhecimento necessário. Também deverá ser capaz de aprender a coletar, organizar, estocar, transmitir e gerir o volume de informações e usá-las para solucionar os problemas no cotidiano.
Entre as habilidades humanas, destaca-se a capacidade de ser um líder facilitador das mudanças e de trabalhar em equipe. O papel do líder como facilitador é mobilizar-se de forma efetiva, como um propulsor de mudanças, de resultados e de satisfações. Dentre as competências que precisam ser desenvolvidas encontram-se: ter visão de futuro; catalisar as soluções dentro e fora da empresa; transformar dados em informação; distribuí-las adequadamente e com rapidez para toda a equipe e para a empresa; avaliar os processos e inovar; usar e criar novas tecnologias; ser capaz de perceber e atender às necessidades da equipe, da empresa e do mercado; identificar tendências; valorizar as pessoas e os seus talentos e gerir projetos e promover mudanças.
Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado, que impunha os objetivos sem a participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capaz de formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar e capacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucesso também está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida com diretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer a estratégia se materializar dentro da visão de futuro. Verá que não adianta determinar nada se as pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo. Ele deve fazer com que todos, de maneira organizada, desenhem o caminho junto com ele.
O líder empreendedor tem uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar. Deve saber ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. Enquanto líder terá que basear a sua gestão na confiança, na valorização das pessoas, na sinergia, na cooperação e em um processo de comprometimento e de envolvimento mental constante e negociado.

Este mesmo profissional terá que acompanhar as mudanças tecnológicas que aparecem em uma velocidade estonteante. Terá que desenvolver a competência técnica para formular conhecimentos necessários e imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar diariamente.
O profissional nesse ambiente globalizado passa a vida correndo de um lado para o outro tentando atender às demandas do mercado, e acaba esquecendo de atender suas necessidades pessoais. E, atender às demandas pessoais requer antes de qualquer coisa se autoperceber. Para se tornar uma pessoa plena, o homem necessita conhecer-se, saber-se pessoa e não apenas um número dentre tantos que já existem. O adoecer enquanto pessoa é negar os valores, o bem e o mal, o certo e o errado e passar a viver navegando na ilusão de não ter ordem dentro da ordem universal. É transfigurar o verdadeiro valor das coisas, mudando o correto “se devo, então eu posso” para errado “se posso, então eu devo”.
Perceber-se, perceber o outro e perceber o contexto onde ele está inserido é fundamental para uma pessoa que será um agente de mudanças dentro de uma organização. Hoje, as mudanças são profundas e velozes em nossa sociedade. Na realidade, estamos passando de uma sociedade industrial para a sociedade da informação, que utiliza alta tecnologia e está mergulhada numa economia mundial. Não se pode mais pensar apenas no curto prazo. As evidências mostram que é necessário desenhar cenários dentro de um planejamento de longo prazo. Hoje, as organizações não conseguem mais se manter com uma hierarquia muito rígida. Está acontecendo uma transformação em direção a uma postura mais flexível e dinâmica para poder atender as demandas do mercado global. É evidente que se o cenário está mudando, o perfil do novo profissional também muda. O mercado precisa de pessoas que questionem os manuais, que modifiquem e melhorem os processos que antes produziam problemas nas empresas.
Aristóteles dizia: “o homem é um ser social e só pode alcançar a sua plenitude em sociedade.” É importante compreender os fenômenos psicossociais que acontecem dentro do ambiente organizacional para se ter mais efetividade. Sem essa compreensão fica difícil para um administrador diminuir os inúmeros e freqüentes problemas interpessoais que surgem no dia-a-dia das empresas. Nas organizações mais modernas o fundamento básico é estar pleno para produzir mais e melhor, buscando sempre a excelência. Mas, como conseguir essa tal plenitude nesse ambiente tão competitivo?
O profissional do futuro precisará conhecer muitos conceitos relacionados à gestão de processos e liderança participativa: cultura e clima organizacional, mudanças, resistências às mudanças, motivação, liderança, criatividade, trabalho em equipe, administração de conflitos, psicopatologias do trabalho, barreiras às comunicações etc. Enfim, há necessidade do profissional ser um especialista em sua área de atuação, mas também de conhecer os processos que dizem respeito a pessoas.


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